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Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul apresenta

PROJETO ORIGINÁRIOS

Indígenas e quilombolas na história da imigração alemã no Vale dos Sinos

O livro Indígenas e quilombolas na história da imigração alemã no Vale dos Sinos é um projeto editorial da Carta Editora que propõe o resgate histórico das culturas afro-brasileira e indígena no processo de imigração alemã em São Leopoldo.

O projeto é realizado com recursos do Pró-Cultura RS, FAC – Fundo de Apoio à Cultura, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

A vida, as tradições, história e cultura das comunidades que já viviam no Vale do Sinos quando da chegada dos primeiros imigrantes alemães no município, há quase dois séculos, são o ponto de partida do livro-reportagem, que investiga o protagonismo das minorias raciais nesse processo.

A existência, a organização social e econômica dos povos originários são pouco abordadas na literatura ou na abordagem da imprensa sobre a imigração e são recorrentes o apagamento e a discriminação dos povos originários em grande parte da narrativa histórica.

E isso ocorre, possivelmente, porque essas minorias foram sistematicamente expulsas e massacradas no curso da povoação do país. E ainda o são. Na luta por território, a história dos negros e indígenas no Brasil é a história dos excluídos.

A memória da imigração nunca será completa enquanto não abordar o racismo, a violência, a exploração e a perseguição aos negros e indígenas que viveram e vivem na região.

O livro-reportagem propõe uma investigação sobre a forma como essas populações se organizavam e como foram e ainda são impactadas com a ocupação dos territórios.

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Diálogos

Através de conversas aprofundadas com especialistas, revelamos histórias e perspectivas muitas vezes esquecidas, compreendendo como essas comunidades moldaram essa região e nossa compreensão do passado e presente.

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Entrevista Ricardo Brasil Charão

A organização social a partir dos primeiros anos da colonização alemã em São Leopoldo, a posse de escravos por imigrantes, a disputa por terras, a a Feitoria do Linho Cânhamo e a invisibilização dos povos originários na historiografia da imigração alemã foram temas de mais de cinco horas de entrevista concedida pelo historiador e teólogo Ricardo Brasil Charão aos autores do projeto Indígenas e quilombolas na história da imigração alemã no Vale dos Sinos. O encontro ocorreu no dia 13 de janeiro de 2024, no espaço No Pátio Livraria Arte e Café, no bairro Jardim América, em São Leopoldo.  

Graduado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (1998) e em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001), Charão é pós-graduando em Teologia pela EST com a tese O imigrante alemão e o escravo no Rio Grande do Sul. Atua na área da Saúde Coletiva e temas relacionados à identidade étnica e religiosa e identidade negra e religião.

Entre seus trabalhos publicados destacam-se Negros e protestantismo no Brasil: alguns apontamentos. Identidade!, Imigrantes alemães evangélicos e a posse de escravos na Colônia Alemã de São Leopoldo, A Feitoria do Linho Cânhamo e as razões de seu fracasso, Imigração Alemã e a Instituição da Escravidão no RS: Uma Relação Ausente na Historiografia Gaúcha e Negros Escravos em Brancas e Protestantes Comunidades. 

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Recortes da imprensa local e regional sobre a história da Imigração Alemã em São Leopoldo

Consulta aos arquivos do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, na tarde de 4 de janeiro de 2024, com ênfase aos principais registros da imprensa local e regional, na década de 1970 em diante, sobre a comemoração anual do 25 de julho, aniversário da cidade, e que se intensificaram a partir de 1924, com a chegada do centenário da imigração. Na época foram inauguradas obras e benfeitorias para celebrar a data. 

Já no ano de 1974, a comemoração dos 150 anos da Colonização Alemã traz um viés diferenciado de valorização da cultura germânica com destaque mais econômico do que social.  A programação se estendeu por cerca de doze meses, exaltando o povo germânico e projetando São Leopoldo como Berço da Colonização. A imprensa, local e regional, alinhadas na divulgação desses interesses e dos acontecimentos voltados ao assunto, contribuiu para enaltecer a cultura germânica. Por outro lado, silenciou o papel de outras etnias no processo histórico do município. 

Até o final da década de 1990, eventos, publicações de artigos, narrativas, homenagens, além da inauguração de obras e monumentos em São Leopoldo, mostraram que as festividades atendiam exclusivamente à cultura germânica.

A partir de então, a hegemonia é colocada em discussão e surgem os primeiros registros abordando o papel, a história e a cultura das populações afro-brasileiras e indígenas no processo da imigração no Vale do Sinos, mais precisamente em São Leopoldo.

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Entrevista com Andrea Petry Rahmeier

Realizada no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, no dia 10 de novembro de 2023, sobre relações sociais e políticas e exclusão no processo de imigração alemã no Vale do Sinos.

Andrea Rahmeier é doutora em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2009), mestre em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003), possui graduação em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1998).
Atualmente é professora e coordenadora no curso de História da Faculdades Integradas de Taquara (Faccat).
Coordena a subárea do (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na mesma instituição relativa aos alunos vinculados ao curso de história.
Participa do Grupo de Estudos em História Militar vinculado à Associação Nacional de História – Sessão Rio Grande do Sul (Anpuh), sendo coordenadora no biênio 2018-2020 e 2020-2022, além de ter participado da coordenação do mesmo GT em nível nacional do biênio 2019-2021.
Tem experiência na área de História, com ênfase em História Contemporânea, no âmbito da história Latino-Americana, Brasileira e Alemã, atuando principalmente nos seguintes temas: política das relações internacionais, Estado Novo, movimentos migratórios, Campanha de Nacionalização, envolvimento brasileiro na II Guerra Mundial, III Reich, história militar e educação básica.
É autora do livro Diplomacia, jogos políticos, intrigas e guerra: a relação entre Alemanha e Brasil (1937-1942), Oikos/Unisinos, 2020, 271 p.

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Pesquisa bibliográfica

Lançamento dos Os primórdios da Colônia Alemã de São Leopoldo - reprodução fac-símile da Revista do Archivo Público do Rio Grande do Sul-1924, com relatos de João Daniel Hillebrand e outras personalidades; Duzentos anos de imigração alemã no Brasil: flagrantes, de Arthur Blásio Rambo; e Imigrantes alemães em São Leopoldo (1824-1937), de Wilhelm Wolf e Martin Dreher. Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, 26 de agosto de 2023. Complemento da pesquisa bibliográfica.

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Entrevista Fabiane Rizzardo

Instituto Anchietano de Pesquisas (IAP – Unisinos). A doutoranda Fabiane Rizzardo, apresentando o acervo encontrado pelas pesquisas arqueológicas do IAP Unisinos que demonstram que a região do Vale do Sinos foi território de diferentes povos indígenas ao longo dos séculos.

Entrevista Antônio Carlos Cortês

Registro de entrevista com o pesquisador, advogado e psicanalista Antônio Carlos Cortes em seu escritório em Porto Alegre, no dia 24 de fevereiro de 2023. Ex-conselheiro estadual e municipal de Cultura, foi um dos idealizadores do 20 de novembro como Dia da Consciência Negra.

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Entrevista Cássio Tagliari

Museu Visconde de São Leopoldo, 18 de fevereiro de 2023, prospecção de acervo e aquisição de livros junto ao diretor e vice-presidente da instituição, historiador Cássio Tagliari.

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Narrativas Visuais

As entrevistas realizadas tiveram acompanhamento audiovisual como forma de movimentar nossas memórias, como forma de sedimentar o início deste projeto.

O projeto Indígenas e quilombolas na história da imigração alemã no Vale dos Sinos está sendo realizado com recursos do PRÓ-CULTURA RS FAC - Fundo de Apoio à Cultura, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

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